A CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS
FRANCISCANAS DE NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO
Naquele tempo,
1853, 160 anos atrás, quandoFrei
Caetano de Messina, como um facho
de Luz, compadeceu-se do Povo molestado pela falta d’ água, pela falta de
pão,, e luz e pela falta de cemitério para sepultar os seus entes queridos.
Teve compaixão de um povo que, como falou Deus ao profeta Jonas, 4, 11, Não hei de ter compaixão
de Nínive onde mais de cento e vinte mil seres humanos não sabem discernir entre a sua mão direita e
a sua mão esquerda!... Frei Caetano sentiu estremecer as entranhas
do seu coração ao dar-se conta que Papacaça era o reino da violência, da
desonestidade, Era o lugar das trevas. Os homens não conheciam outras armas a
não serem, as armas do ódio, da vingança, do derramamento de sangue. Esta foi a
realidade encontrada pelo nosso Frei Caetano de Messina.
Ele veio armado também e bem armado.
Veio munido com as armas: o Evangelho, a cruz do Senhor, N. Sra. do Bom
Conselho e o seu grande amor pelo povo sofrido do sertão nordestino. Trazia
também consigo um grande sonho:
Sonhava com um mundo diferente.
As pegadas
missionárias de Frei Caetano de Messina não foram deixadas na areia, mas
gravadas nos corações dos seus ouvintes. As intempéries do tempo nem as
vicissitudes da vida fizeram apagar nesta trajetória de mais de duzentos anos
de história. Ele, além, do dom de anunciar o evangelho a todos os povos,
conforme o mandato do Senhor foi-lhe concedido o carisma de perpetuar suas
intenções evangélicas através da fundação de uma família religiosa – A Congregação
das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho. Com isto, Frei Caetano
de Messina entra para a galeria de fundadores dos quais escreveu o Padre Fabio
Ciardi: “Carismas dos Fundadores, Evangelho vivido ao longo dos séculos”
A experiência de
Deus vivida por ele, como dom do Espírito chegou até elas como um irresistível
chamado do Senhor e nada mais tiveram a fazer, a não ser, deixar tudo e se
lançarem numa experiência profundamente nova e desafiadora.
Sentiu-se comovido
ao constatar a miséria que assolava a população, crianças abandonadas, famílias
desestruturadas. E aqui podemos dizer: Para que tivessem mais vida, os pobres e
os pequenos através da educação e da humanização dos costumes foram tudo o que
quis Frei Caetano de Messina como fundador. E assim aquelas quatro primeiras
jovens, que chamava de mestras e as 18 alunas que deram início a esta
Congregação destinada a educação. Jamais podemos perder de vista este ponto de
partida.
No dia l° de março
Frei Caetano escreve ao Bispo de Olinda e Recife, Dom João Marques da
Purificação Perdigão, pedindo para mandar três Irmãs do Convento Nossa Senhora
da Soledade de Goiana para orientarem as jovens iniciantes do Mosteiro de
Nossa Senhora do Bom Conselho.
No dia 20 de abril
o Colégio estava pronto e no dia 24 foi inaugurado. ( 2° de Pernambuco)
A Congregação
nascera de uma participação de fé mediante a qual o missionário comunicou sua
experiência aos outros. Recebeu o dom de ser, de fazer, de chamar e de unir. As
primeiras Irmãs receberam o dom de responder e de congregar. As Irmãs que
viriam depois, nós, recebemos o dom, a responsabilidade de continuar, de fazer
crescer a herança deixada por ele, o que acontecerá sempre à medida que a
Congregação conseguir presentificar, atualizar através de uma resposta
transformadora, os anseios e necessidades da Igreja e do Povo de Deus.
Que o
Senhor continue abençoando esta obra e que continue enviando operárias para a
sua messe.
Longa
vida as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Bom Conselho!
Pe. José
Émerson.
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