Pe. José Émerson

SEMINÁRIO DE CURA INTERIOR PARA AS FAMÍLIAS

1º DIA.

Deus Pai nos ama com amor eterno!

Meus irmãos e irmãs, com esta frase quero chamar atenção para o maior ator de amor, de Deus Pai por todos nós. A morte e ressurreição de Jesus é a chave para a interpretação desse derramamento de amor por todos nós. Amor que não se esvazia, pois, esse amor gera amor.

Deus que nos cria por amor e sem interesse algum a não ser de que sejamos felizes, nos cobrindo com todos os bens da criação. E quando quis que aprendêssemos a viver do amor nos chamou a ser família. “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” (Gn. 2,18) Verdade! O Senhor pensou em nós desde o primeiro momento. Ao nos modelar com as suas próprias mãos já se preocupava com a nossa solidão. Providenciou uma companhia para o homem. E Deus disse: “Por isso o homem deixara o seu Pai e sua mãe para se unir à sua mulher e já não são mais que uma só carne.” (Gn. 2,24). Uma só carne! Para viver a comunhão de amor um intercambio de vida.

A cada dia vejo que as famílias estão sendo colocadas em descréditos pela maioria dos meios de comunicação. A fidelidade, na maioria das vezes, já não é mais o desejo dos que buscam o matrimonio. O ditado popular diz que: Se der certo bem, se não separa ou até mesmo o amor acabou, vem desafiando cada vez mais o grande sonho de Deus para a humanidade. Sermos uma grande família formada pela sua família. Ora, se é amor, não pode acabar, pois, o amor não tem fim, é eterno. São João vai nos dizer que Deus é amor, se Ele é amor logo o amor é infinito, não tem fim, e na experiência humana uma construção do dia a dia.

Faz-se necessário que aprendamos verdadeiramente o que o Senhor quer de todos nós. Precisamos compreender que só nos colocando em suas mãos podemos nos encontrar com a verdadeira paz. Para isso se faz necessário nos desarmarmos de tudo aquilo que faz trancar o canal da graça em nós: o egoísmo, a falta de perdão para comigo mesmo, os medos de não sermos perdoados, a vergonha que temos de Deus. Tudo isso aparece na vida como que um entupimento neste canal que nós trás a graça ou nos faz fazer a experiência da vida em Deus.

A maioria das doenças do mundo moderno, não são doenças do corpo, mas da alma! Muitas vezes ouvimos falar de tantas doenças, como depressão, e tantas outras, muitas a junção de mágoas, falta de perdão, resquícios de questões mal resolvidas, são na maioria das vezes o que mais aflige o coração da humanidade, da família moderna. Hoje se fala em liberdade para tudo, no entanto nem sempre esta liberdade nos possibilita dizer ou colocarmos para fora os sentimento, pois, às vezes a boca não expressa por medo ou por não conseguir mesmo o que coração está amargurando dentro. Pior ainda é que muitas pessoas levam tais problemas para o túmulo no fim da vida, ou o pior ainda um túmulo secreto que perdura toda a sua existência e não poucas vezes sendo visitado. E cada visita um sofrimento extremo.

A cura interior não vem de fora para dentro, mas de dentro para fora. Se faz necessário que eu me sinta amado por Deus. É preciso deixar que Ele, o Senhor nos ame, e deixar que Ele nos ame exige de nós uma coragem grandiosa de vencermos os medos, as angustias da vida. É preciso deixar-se morrer para o mundo, nos sentido dos egoísmos, dos rancores, dos problemas mal resolvidos, para nascermos para Deus. Esse nascimento implica uma vida de constantes buscas, pois a vitória é certa para aquele que permanecem fiéis ao Senhor. (1Jo 2,15).

Só se deixando tocar por esse amor abrindo verdadeiramente o coração poderemos deixar Deus tocar lugares que nenhum médico pode chegar, nenhum remédio pode curar, mas só a mão do Senhor poderá nos curar de tais fantasmas que assustam as nossas vidas.

Para ser família da vontade de Deus é preciso deixar Deus curar as feridas da alma, e só através desta cura interior vamos nos deixado moldar pelo Senhor num processo respeitoso e seguro que é próprio de quem ama. Deus saberá a hora certa, não perca tempo em deixar este espaço aberto para Ele.

Pe. José Émerson