sábado, 25 de fevereiro de 2012





PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA
          Gn 9,8-15; Sl 24; Pd 3,18-22; Mc 1,12-15


Caros irmãos e irmãs, a liturgia deste primeiro domingo da Quaresma, quer ser para nós uma chamada de atenção, no que diz respeito ao voltarmos a nossa vida para o Senhor, pois Ele é misericórdia e perdão.

A Quaresma se apresenta não como um tempo triste, em que nos preparamos para celebrar a morte do Senhor. Ao contrário, é um tempo especial em que a Igreja nos convida a olharmos para dentro de nós mesmos e nos perguntarmos a que ponto estamos fazendo a vontade de Deus. Pois, neste tempo especial nos preparamos para celebrar a maior festa da fé cristã, a Páscoa do Senhor, ou seja, a sua morte e ressureição.

O Senhor sela uma aliança com seu povo e estabelece um sinal visível, o arco ires (Gn 9,13). Vejam, o Deus de Israel não quer mais destruir seu povo, faz uma aliança com este. No entanto o povo é convidado a viver na verdade e no amor, basta que peçamos para que Ele nos mostre o caminho (Sl. 24).  Jesus é aquele que nos traz essa nova proposta de vida estabelecida no amor misericordioso de Deus. Vem nos ensinar o verdadeiro caminho que precisamos trilhar. Morreu por nós para elevar a todos nós ao Pai do céu (1Pd 3,18).

É preciso entrarmos neste caminho do Senhor, e nesta caminhada da vida representada pelos quarenta dias do Senhor no deserto, somos tentados, e precisamos aprender de Jesus a nos livrar de tudo aquilo que pode nos distanciar da verdadeira felicidade.

Neste domingo, irmãos, precisamos nos perguntar o que realmente nos atrapalha em fazer da nossa vida uma verdadeira entrega ao Senhor. Precisamos fazer uma retrospectiva e vermos em que realmente precisamos mudar, ou seja, passar da morte a vida. Se faz necessário que nos arrependamos para acreditar no Senhor (Mc 1,15). Desta forma não percamos tempo em acolher ao Senhor e a sua misericórdia, através do sacramento da confissão, para que perdoados dos nossos pecados possamos melhor viver em família, na sociedade.

Pe. Émerson

2 comentários:

  1. Temos que buscar cada dia mais o perdão de Deus,para que tenhamos força e coragem para trilhar o caminho do bem, e mergulharmos neste amor que Deus tem por nós.

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  2. Pe. Emerson, atendo ao seu pedido de comentário, que o meu possa contribuir de alguma forma e, também, estimulá-lo nas postagens.

    O último parágrafo do seu texto me faz pensar sobre o que me atrapalha, me tomando como exemplo e refletindo, creio, o que tanta gente pensa, de eu de fato não acolher a palavra de Deus. Hoje na minha oração noturna dei-me conta de que muitas vezes é o sentimento de impotência que me abala a fé. Como seres humanos, somos educados em uma cultura de sobrevivência. E isto quer dizer que somos "programados" pelo mundo social e cultural a nos resolvermos. Algumas vezes, e acho que a maioria, isso funciona, afinal, conseguimos resolver nossas coisas práticas. Porém quando nos vemos em uma situação em que temos que nos esntregar para resolvermos as coisas da alma, a cura de nossas tristezas, a resolução de um problema de saúde, etc, a quem recorremos? A deus. Mas não O vemos. Ele não nos responde como um médico ou psicológo. A nossa visão pragmática do mundo está acostumada às respostas racionais, não às respostas de fé.
    Abrir-se a Deus nos dias de hoje é difícil porque o mundo já não é mais o mesmo. Não se guardam os dias santos, não se toma a bençao aos pais, até o dia do Corpo de Cristo é trocado pela festa de São João... O mundo não é o mesmo, Deus é o mesmo e nós ficamos sem saber em que mudamos.
    Acolher a Deus é enxergar no arco-íris o sinal da promessa da não destruição de nosso mundo, mas como ver isso se o mal da humanidade, como o sr. mencionou hoje, é a solidão? Esse mal cinza que não permite contemplar as cores do arco-íris.
    Precisamos de fé, mas ainda falta algo que nos permita sair, por a cabeça para fora desse mundo e ver o sinal no céu. Confesso que ainda não experimentei frequentemente esse "algo" faltoso. Mas sei que existe. Oração, jejuns e a Santa Missa são um bom começo. Apenas sinto que falta ainda algo e que está bem próximo, mas não consigo ver com clareza.

    Grande abraço.

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