sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


O ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL:
UM ESTUDO INTRODUTÓRIO SOBRE SUA HISTÓRIA, MÉTODO E PERSPECTIVA.

            A difusão da filosofia no Brasil se deu com o evento da missão francesa na década de 40, quando se implanta o modelo historiográfico tendo como contribuição o livro a religião de Platão salientando não poder existir uma filosofia dependente da história da filosofia, sendo para a iniciação filosófica o instrumento primordial a inspiração. A filosofia francesa encontrou no Brasil uma prática filosófica caracterizada pelo tomismo e o ensaio, sendo o tomismo vindo da educação católica, e o ensaio baseado na escrita leve e solta, depois acusado de ignorar a tradição, não negando-a, mas pelo desconhecimento da sua existência.
            O ensino da filosofia não prescinde a história da filosofia, estudar filosofia é fazer filosofia dialogando com a história, a partir da história da filosofia tendo esta como base.  O que mais chama atenção é que este tímido pensar se expressa a partir de uma esterilidade, pois, na verdade o que se produz são comentários de comentários. Desta forma não se pode jamais abrir mão do pensamento crítico da filosofia, percebendo-se que uma leitura dos clássicos poderá clarear o que não se perceber de forma fácil de algumas ideologias.
            O que mais atrapalhou, a difusão do pensamento filosófico crítico, foi justamente os regimes autoritários tendo como referência do PCN a retirada da filosofia dos currículos escolares. Pois a filosofia, ou seja, o livre pensamento seria uma forma de empecilho para o regime ditatorial. Há que se falar em uma filosofia crítica que analisa a história com uma linha de pensamento livre.
            Hoje no Brasil o ensino da filosofia voltou a ser obrigatório no ensino médio, porém, o que mais preocupa é a qualidade dos professores, uma vez que na maioria das vezes a cadeira de filosofia é vista como mera complementação da carga horária, o que traz várias consequências tanto para o professor como para o próprio aluno. Tal experiência se torna catastrófica, pois, estas praticas pedagógicas, propiciam uma rejeição da parte do educado no futuro.
            Tal questão sobre o ensino e do estudo da filosofia nos faz refletir sobre o aprendizado e o ensino de uma filosofia que deve gerar tanto no professor como no aluno um pensamento crítico do mundo que o cerca.
Pe. José Émerson


           


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