quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O GRANDE ENCONTRO

            O encontro com Jesus poderá mudar a nossa vida e nos fazer mais felizes. Mas o encontro não significa esta conversão de momento que como num estalar de dedos tudo muda. Não estou falando de mágica, mas de um encontro por toda a vida, todos os dias sou convidado a me encontrar com o Senhor em mim mesmo, no irmão e nas situações que a vida me apresenta no dia a dia.

            A cada dia de nossas vidas somos chamados a caminhar com Jesus, a exemplo daquela grande multidão nas ruas da cidade de Naim, junto àquela viúva estava uma multidão que ia ajudá-la a enterrar seu único filho. Aquela mulher não sabe o que está prestes a acontecer, ela vai se encontrar com alguém que poderá mudar a sua vida para sempre. A multidão está surpresa e talvez a pergunta que ronda os nossos corações seja justamente a mais pertinente para aquele momento tão sofrido: o que será desta pobre viúva? (Lc 7,11-17)

            Faz-se necessário deixar claro que na sociedade do tempo de Jesus uma mulher viúva não tem muito valor, pois numa sociedade patriarcal e machista quem dá o nome a mulher é o seu marido, e esta agora também está prestes a ficar sem o seu filho único. Mas, o que menos se espera acontece, pois para Deus nada é impossível, Jesus vai ao encontro da multidão e sente compaixão da mulher, Ele está ao seu lado em seu sofrimento, no entanto, com Jesus o sofrimento do dia a dia ganha um novo sentido.  Devemos estar certos de que quem caminha com o Senhor deverá estar sempre preparado para ver e ouvir a Glória de Deus acontecendo.

Jesus manda o povo parar e se aproxima do caixão com o defunto e simplesmente o chama e ele se levanta. Reparem que Jesus não precisa fazer nenhum ritual para devolver a vida ao morto, mas simplesmente o chama. Da situação de morte agora surge a vida. É devolvida àquela mulher a sua alegria, o seu filho está de volta.

A vida de cada um de nós é cercada muitas vezes por situações de morte, que nos fazem sofrer e sentir a cada dia a fraqueza da nossa humanidade, tão marcada por traumas e decepções. Não estamos preparados para as perdas da vida e, desta forma, caímos na tristeza ou até mesmo na descrença que nos leva a um verdadeiro desânimo para com nós mesmos e para com os outros. No entanto, precisamos olhar ao nosso redor e como que em meio àquela grande multidão de seguidores de Jesus, perceber a glória de Deus acontecendo na vida de tantas pessoas. Que Ele nos ajude a nos encontrarmos com tantos e tantas que sofrem as dores que são tão comuns a todos nós.

            Neste sentido, faz-se necessário perguntarmo-nos de que morte precisamos que o Senhor nos chame para a vida, de que precisamos levantar. Qual a situação que vivemos e precisamos pedir a Jesus para intervir com o seu poder de ressurreição? Precisamos irmãos, pedir ao Senhor que nos devolva a vida, que nos tire do marasmo desta vida e nos faça viver segundo o seu querer, a sua vontade.

            A vida de correria que muitas vezes nos impede de ver o sofrimento do irmão e a sua dor, o cuidado de julgá-lo segundo as suas aparências, mas, amá-lo e ajudá-lo a dar um passo a frente em busca da sua realização. Sabendo que a nossa realização não está nas coisas que passam, mas só no que realmente não passa, Jesus. Ele sim, nunca passará, pois é eterno, enquanto tudo nesta vida é vulnerável e passageiro. Não dá mais para preenchermos vazio de vazio, é preciso nos apegar às coisas do alto, àquilo que realmente nos preenche. Isso não exclui que tenhamos amigos, que me divirta nem tampouco que eu seja eu. O Senhor me conhece como eu sou, está prestes a se aproximar de mim como se aproximou da viúva de Naim e devolver aquilo que mais preciso, a fé, a esperança e a caridade.

            Só nos encontrando com Jesus podemos perceber que realmente Ele pode nos libertar das amarras da morte e nos devolver a vida, dando-nos vitória.

Fiel no pouco!
Pe. José Émerson


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