quinta-feira, 31 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
O apego ao dinheiro destrói tudo: pessoas, famílias, relacionamentos
Na missa em Santa Marta, o
Papa afirma que a riqueza é um dom de Deus que deve ser usado para ajudar os
outros e não para ser acumulado com ganância
Por Salvatore Cernuzio
ROMA, 21 de Outubro de 2013
(Zenit.org) - O dinheiro destrói tudo: famílias, relações com os outros, você
mesmo. Para os pastores e padres a reflexão do Papa Francisco nesta manhã em
Santa Marta será um novo ponto de partida para as catequeses e homilias: “O
Papa disse que não devemos ser atacados ao dinheiro". Para alguns críticos
será outra banalidade dita por Bergoglio, o "Papa – pauperista" que
pensa apenas nos pobres.
A homilia do Santo Padre não
é uma 'pílula matutina do bom humor', mas uma denúncia do que pode ser um
veneno para a alma do homem: a ganância.
Papa Francisco reiterou isso
muito bem: o apego ao dinheiro "leva à idolatria, destrói as relações com
os outros". E quando falta um relacionamento de amor com o outro, é
difícil ter um relacionamento com Deus. Bergoglio, no entanto, não quis
simplesmente condenar a riqueza: essa “pode ser um instrumento de salvação e
redenção, se você a considerar como dom de Deus e colocar à disposição daqueles
que necessitam – afirmou.
O Papa fala por fatos,
através das coisas que viveu e experimentou durante décadas de ministério
pastoral no meio do povo: "Quantas famílias destruídas vemos pelo problema
do dinheiro: irmão contra irmão, pai contra filho...". Bem como mostra o
Evangelho, na liturgia de hoje (Lc 12, 13-21) que conta a história de um homem
que corre o risco de separar-se de um irmão de carne por questão de herança e
pede a Jesus para intervir.
"Essa é a primeira
consequencia da atitude de estar apegado ao dinheiro: destrói" - disse o
Papa - "Quando uma pessoa é apegada ao dinheiro, destrói a si mesma,
destrói a família! O dinheiro destrói!É assim ou não?”
"O dinheiro - melhor
explica o Santo Padre - serve para levar avante muitas coisas boas, muitos
projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o seu coração está apegado,
destrói a pessoa". Jesus narra a parábola do homem rico que "acumula
tesouros para si e não é rico para Deus".
"Isso é o que dói
-acrescenta Francisco- a cupidez na minha relação com o dinheiro. Ter mais, ter
mais, ter mais... ". O problema não é ser rico -diz o Papa- "mas a
atitude, que se chama ganância” e que "provoca doença, porque leva você a
pensar tudo em função do dinheiro".
“A cupidez é um instrumento
da idolatria pois vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós”. O
Papa recordou São Paulo quando diz: "Jesus Cristo, que era rico, se fez
pobre para nos enriquecer". O caminho de Deus é, portanto, "a
humildade, o abaixar-se para servir". A cupidez, ao invés, leva o cristão
a percorrer uma estrada contrária: "Você, que é um pobre homem, se faz
Deus por vaidade"- disse o Santo Padre.
O caminho que Deus nos
ensina "não é o caminho da pobreza pela pobreza" - destacou
Bergoglio- é "o caminho da pobreza como instrumento, para que Deus seja
Deus, para que Ele seja o único Senhor”. Por isso, "todos os bens que
temos, o Senhor nos dá para que levemos adiante o mundo, adiante a humanidade,
para ajudar os outros".
Jesus -recordou o Papa-
"nos diz que não devemos nos preocupar, pois o Senhor sabe do que
precisamos", e convida-nos ao “abandono confiante no Pai, que faz florir
os lírios do campo e alimenta as aves”. Então - concluiu o Papa- devemos
“esculpir hoje, no coração, a Palavra de Deus:‘Cuidado e mantenham distância de
toda cupidez, porque mesmo que alguém viva na abundância, a sua vida não
depende daquilo que possui”.
Fonte: ZENIT
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Francisco na audiência geral: Deus diz a você: não tenha medo da
santidade
Na catequese, o papa fala
sobre a santidade da Igreja: não pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna
santa
Por Rocio Lancho García
ROMA, 02 de Outubro de 2013
(Zenit.org) - O papa deu continuidade aos ensinamentos sobre a Igreja na
audiência desta quarta-feira de manhã. Uma grande multidão de fiéis de todo o
mundo esperava Francisco na praça para escutar a catequese. Mesmo as ruas próximas
da praça de São Pedro estavam repletas de pessoas que, apesar do calor que
protagoniza o começo de outono na Cidade Eterna, acorreram à praça com
entusiasmo de peregrinos.
Depois de professar o “Creio
na Igreja una”, o papa recordou que acrescentamos o adjetivo “santa”. “E esta é
uma característica que esteve presente desde o início na consciência dos
primeiros cristãos, que se chamavam simplesmente de ‘santos’ porque tinham a
certeza de que é a ação de Deus, do Espírito Santo, que santifica a Igreja”,
declarou o santo padre. Francisco desenvolveu a catequese em torno desta ideia,
explicando “em que sentido a Igreja é santa, quando vemos que a Igreja
histórica, no seu caminho ao longo dos séculos, passou por tantas dificuldades,
problemas e momentos de escuridão. Como pode ser santa uma Igreja feita de
seres humanos, de pecadores?”.
Em primeiro lugar, o papa
comentou um fragmento da carta de São Paulo aos cristãos de Éfeso. "O
apóstolo, tomando como exemplo as relações familiares, afirma que ‘Cristo amou
a Igreja e se entregou por ela, para torná-la santa’”. Isto significa que a
“Igreja é santa porque procede de Deus, que é santo, fiel e não a abandona em
poder da morte e do mal [...] Ela não é santa pelos nossos méritos, mas porque
Deus a torna santa; é fruto do Espírito Santo e dos seus dons”.
Um segundo aspecto que
Francisco abordou é o fato de a Igreja ser formada por pecadores. “A Igreja,
que é santa, não rejeita os pecadores [...] Na Igreja, o Deus que encontramos
não é um juiz impiedoso, mas é como o pai da parábola do evangelho [...] Deus
nos quer parte de uma Igreja que saiba abrir os braços para acolher a todos,
que não seja a casa de poucos, mas a casa de todos, onde todos nós possamos ser
renovados, transformados, santificados pelo seu amor, os mais fortes e os mais
fracos, os pecadores, os indiferentes, os que se sentem desalentados e
perdidos”.
O pontífice indagou: "O
que é que posso fazer, eu, que me sinto fraco, frágil, pecador?". E propôs
a resposta: "Deus diz a você: não tenha medo da santidade, não tenha medo
de olhar para o alto, de se deixar amar e purificar por Deus, não tenha medo de
se deixar guiar pelo Espírito Santo!”.
“Saúdo os peregrinos de
língua espanhola, em particular os grupos vindos da Espanha, Argentina, México,
Panamá, Colômbia e dos outros países latino-americanos. Convido todos a não se
esquecerem da vocação à santidade. Não deixem ninguém roubar a sua esperança!
Vocês podem chegar a ser santos! Vamos todos nessa estrada. Vivamos com alegria
a nossa fé, deixemo-nos amar pelo Senhor. Muito obrigado”.
Fonte: ZENIT
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