quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Texto da catequese do Papa Francisco na audiência da quarta-feira

O santo padre lembra que a nossa vida não termina com a morte. Quem pratica a misericórdia não teme a morte
Por Redacao

ROMA, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs,

Bom dia e parabéns porque vocês são corajosos com este frio na praça. Parabéns!

Quero concluir as catequeses sobre “Credo”, desenvolvidas durante o Ano da Fé, que se concluiu domingo passado. Nesta catequese e na próxima, gostaria de considerar o tema da ressurreição da carne, capturando dois aspectos como os apresenta o Catecismo da Igreja Católica, isso é, o nosso morrer e o nosso ressurgir em Jesus Cristo. Hoje, concentro-me no primeiro aspecto, “morrer em Cristo”.

1. Entre nós, comumente, há um modo errado de olhar para a morte. A morte diz respeito a todos, e nos interroga de modo profundo, especialmente quando nos toca de modo próximo, ou quando atinge os pequenos, os indefesos de maneira que nos resulta “escandalosa”.  A mim sempre veio a pergunta: por que sofrem as crianças? Por que morrem as crianças? Se entendida como o fim de tudo, a morte assusta, aterroriza, transforma-se em ameaça que infringe todo sonho, toda perspectiva, que rompe toda relação e interrompe todo caminho. Isso acontece quando consideramos a nossa vida como um tempo fechado entre dois pólos: o nascimento e a morte; quando não acreditamos em um horizonte que vai além daquele da vida presente; quando se vive como se Deus não existisse. Esta concepção da morte é típica do pensamento ateu, que interpreta a existência como um encontrar-se casualmente no mundo e um caminhar para o nada. Mas existe também um ateísmo prático, que é um viver somente para os próprios interesses e viver somente para as coisas terrenas. Se nos deixamos levar por esta visão errada da morte, não temos outra escolha se não ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la, para que não nos cause medo.

2. Mas a essa falsa solução se rebela o “coração” do homem, o desejo que todos nós temos de infinito, a nostalgia que todos temos do eterno. E então qual é o sentido cristão da morte? Se olhamos para os momentos mais dolorosos da nossa vida, quando perdemos uma pessoa querida – os pais, um irmão, uma irmã, um cônjuge, um filho, um amigo – nos damos conta de que, mesmo no drama da perda, mesmo dilacerados pela separação, sai do coração a convicção de que não pode estar tudo acabado, que o bem dado e recebido não foi inútil. Há um instinto poderoso dentro de nós que nos diz que a nossa vida não termina com a morte.

Esta sede de vida encontrou a sua resposta real e confiável na ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Jesus não dá somente a certeza da vida além da morte, mas ilumina também o próprio mistério da morte de cada um de nós. Se vivemos unidos a Jesus, fiéis a Ele, seremos capazes de enfrentar com sabedoria e serenidade mesmo a passagem da morte. A Igreja, de fato, prega: “Se nos entristece a certeza de dever morrer, consola-nos a promessa da imortalidade futura”. Uma bela oração esta da Igreja! Uma pessoa tende a morrer como viveu. Se a minha vida foi um caminho com o Senhor, um caminho de confiança na sua imensa misericórdia, estarei preparado para aceitar o último momento da minha existência terrena como o definitivo abandono confiante em suas mãos acolhedoras, à espera de contemplar face-a-face o seu rosto. Essa é a coisa mais bela que pode nos acontecer: contemplar face-a-face aquele rosto maravilhoso do Senhor, vê-Lo como Ele é, belo, cheio de luz, cheio de amor, cheio de ternura. Nós caminhamos para este ponto: ver o Senhor.

3. Neste horizonte se compreende o convite de Jesus a estar sempre prontos, vigilantes, sabendo que a vida neste mundo nos foi dada também para preparar a outra vida, aquela com o Pai Celeste. E para isto há um caminho seguro: preparar-se bem para a morte, estando próximo a Jesus. Esta é a segurança: o meu preparo para a morte estando próximo a Jesus. E como se fica próximo a Jesus? Com a oração, nos Sacramentos e também na prática da caridade. Recordemos que Ele está presente nos mais frágeis e necessitados. Ele mesmo identificou-se com eles, na famosa parábola do juízo final, quando disse: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era peregrino e me acolhestes, nu e me vestistes, enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim…Tudo aquilo que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 35-36. 40). Portanto, um caminho seguro é recuperar o sentido da caridade cristã e da partilha fraterna, cuidar das feridas corporais e espirituais do nosso próximo. A solidariedade no partilhar a dor e infundir esperança é premissa e condição para receber por herança aquele Reino preparado para nós. Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Pensem bem nisto: quem pratica a misericórdia não teme a morte! Vocês estão de acordo? Digamos juntos para não esquecê-lo? Quem pratica a misericórdia não teme a morte. E por que não teme a morte? Porque a olha em face das feridas dos irmãos e a supera com o amor de Jesus Cristo.

Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos mais pequeninos, então também a nossa morte se tornará uma porta que nos introduzirá no céu, na pátria bem aventurada, para a qual estamos caminhando, desejando habitar para sempre com o nosso Pai, Deus, com Jesus, com Nossa Senhora e com os santos.


(Fonte: Canção Nova / Tradução: Jéssica Marçal)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O QUE SERIA AMAR, OU AINDA SERÁ?

Hoje se fala muito em amor. Nunca se conjugou tanto este verbo como em nossos dias. Eu amo! Tu amas? Nós devemos amar!

O que realmente é o amor? Só se poderá saber o que é o amor amando. Hoje na boca dos jovens a palavra amor ecoa como algo tão comum e volátil, existe amor de todas as formas, jeitos e até mesmo, pasmem, aquele amor que passa.

            Se pesquisarmos a palavra para designarmos este sentimento de afeto pelo outro na língua portuguesa, desagua necessariamente na palavra amor. O contrário do que acontece na língua grega, que existem três palavras para se falar em amor amizade, amor erótico e de doação. Aqui não me proponho a dar uma aula de linguística, mas pretendo refletir sobre este sentimento tão belo e ao mesmo tempo tão exigente chamado amor.

Em sua primeira carta São João designa Deus como Amor (Jo 4,7). Ora, se Deus é amor, o amor é eterno. Desta forma não se pode amar e pronto. Pois se amor tem um fim em si mesmo ou até mesmo se completa, Deus não é amor. O amor é justamente esta possibilidade sem fim de doação sempre. Quando Deus quer provar este amor pela humanidade nos envia o seu o próprio Filho Jesus e este dá a vida por todos nós. A sua entrega é de total amor e o seu amor exige Dele um sofrimento sem limites, até gastar todas as suas forças e derramar o seu sangue precioso por toda a humanidade, eu disse “toda”.

Então me pergunto o porquê de tanta gente acreditar em um amor mágico que tem tempo de validade, como se fosse algo que acontece e acaba de uma hora para outra. Hoje há um discurso da realização pessoal, às vezes até exagerado, que no fim das contas desemboca num eucentrismo, que em nome desta realização egocêntrica faz lembrar-se de si e esquecer-se do outro, que muitas vezes colocou todas as suas expectativas num juramento de amor que era mesmo uma paixão de momento ou até mesmo uma afeição pelo exterior, à beleza aparente.

É em nome deste eucentrismo que se fala tanto em realização pessoal, mas é também em nome deste Eu que muitas vezes o convívio social tem quase se transformado impossível. Pois, seu eu me torno o centro das coisas, tudo começa a estar ao meu serviço, ao meu bel prazer. É justamente o que estamos assistindo no mundo em que vivemos. Eu decido e o outro que se vire. Vejamos, a rua me pertence, jogo lixo, pois eu sou livre. O corpo me pertence, por isso posso abortar. A rua é minha, ligo o som do meu carro e os outros que escutem o que eu desejo ouvir.

Não há amor sem sofrimento e doação. Aqui não trato de fazer apologia ao masoquismo, um discurso de que é bom sofrer. Mas quem ama verdadeiramente respeita o outro, as diferenças e olha para a pessoa como ela é, e primeiro ama para depois propor um diálogo que possibilite entender o outro como ele e ela são verdadeiramente. Não se entende um cristão que tem o dever de amar, quando muitas vezes só julga. É preciso ter a atitude de Jesus que senta com a prostituta pega em fragrante adultério e ama primeiro para depois lhe propor uma mudança de vida. É certo que o Senhor entra no seu mundo, sofre com ela a dor do abandono, a angústia de ter sido usada e descartada por aqueles que queriam a apedrejar.

Não se ama cobrando amor. Quem ama, ama desinteressadamente. Assim, quem ajuda deve fazê-lo também desta forma, pois o que é mais importante é a pessoa na sua integralidade e não um gesto que muitas vezes a faz sofrer. Só precisa ouvir de nós: ninguém te condenou, eu também não te condeno, vai e não peques mais!

Fiel no pouco!

Pe. José Émerson.


sábado, 16 de novembro de 2013

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PAROQUIA DE SÃO SEBASTIÃO

Celebrações para o dia de Finados

Cemitério São Miguel 


6:30 – Santa Missa

8:30 - Santa Missa

10:00 - Santa Missa

15:00 - Santa Missa

16:30 - Santa Missa

Outras locais de Celebrações

9:00 - Miracica

19:30 - Jardim

19:30 - Matriz