domingo, 30 de junho de 2013



Homilia de D. Henrique Soares da Costa – Solenidade de São Pedro e São Paulo – Ano C
At 12,1-11;Sl 33;2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19

 Hoje celebramos o glorioso martírio dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, aqueles “santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. Pedro, aquele a quem o Senhor constituiu como fundamento da unidade visível da sua Igreja e a quem concedeu as chaves do Reino; Paulo, chamado para ser Apóstolo de um modo único e especial, tornou-se o Doutor das nações pagãs, levando o Evangelho aos povos que viviam nas trevas. Um pela cruz e o outro pela espada, deram o testemunho perfeito de Cristo, derramando seu sangue e entregando a vida em Roma, por volta do ano 67 da nossa era.

Caríssimos, esta Solenidade hodierna dá-nos a oportunidade para algumas ponderações importantes.

A Igreja é apostólica. Esta é uma sua propriedade essencial. João, no Apocalipse, vê a Jerusalém celeste fundada sobre doze alicerces com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (cf. 21,14). Eis: a Igreja não pode ser fundada por ninguém, a não ser pelo próprio Senhor, que a estabeleceu sobre o testemunho daqueles Doze primeiros que ele mesmo escolheu. Seu alicerce, portanto, sua origem, seu fundamento são o ministério e a pregação apostólicas que, na força do Espírito Santo, deverão perdurar até o fim dos tempos graças à sucessão apostólica dos Bispos católicos, transmitida na Consagração episcopal. Dizer que nossa fé é apostólica significa crer firmemente que a fé não pode ser inventada nem tampouco deixada ao bel-prazer das modas de cada época; crer que a Igreja tem como fundamento os Apóstolos significa afirmar que não somos nós, mas o Cristo no Espírito Santo, quem pastoreia e santifica a Igreja pelo ministério dos legítimos sucessores dos Apóstolos. O critério daquilo que cremos, a regra da nossa adesão ao Senhor Jesus, a norma da nossa fé é aquilo que recebemos dos santos Apóstolos uma vez para sempre. Só a eles e aos seus legítimos sucessores o Senhor confiou a sua Igreja, concedendo-lhes a autoridade com a unção do Espírito para desempenharem o ofício de guiar o seu rebanho pelos séculos a fora. Olhemos, irmãos amados, para Pedro e Paulo e renovemos nosso firme propósito de nos manter alicerçados na fé católica e apostólica que eles plantaram juntamente com os demais discípulos do Senhor. Hoje, quando surgem tantas comunidades cristãs que se auto-intitulam “igrejas” e se auto-denominam “apostólicas”, estejamos atentos para não perder a comunhão com a verdadeira fé, transmitida de modo ininterrupto e fiel na única Igreja de Cristo, santa, católica e apostólica.

Um outro aspecto importante, caríssimos, é o significado de ser Apóstolo: ele não é somente aquele que prega Jesus, mas, sobretudo, aquele que, escolhido pelo Senhor, com ele conviveu, nele viveu e, por ele, entregou sua vida. Os apóstolos testemunharam Jesus não somente com a palavra, mas também com o modo de viver e com a própria morte. Por isso mesmo, seu martírio é uma festa para a Igreja, pois é o selo de tudo quanto anunciaram. O próprio São Paulo reconhecia: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor. Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila para que esse incomparável poder seja de Deus e não nosso. Incessantemente trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo. Assim, a morte trabalha em nós; a vida, porém, em vós” (2Cor 4,5.7.10.12). Eis o sinal do verdadeiro Apóstolo: dar a vida pelo rebanho, com Jesus e como Jesus, gastando-se, morrendo, pra que os irmãos vivam no Senhor! Por isso, caríssimos meus, a alegria da Igreja na Festa de hoje: Pedro e Paulo não só falaram, não só viveram, mas também morreram pelo seu Senhor; e já sabemos pelo próprio Cristo-Deus que não há maior prova de amor que dá a vida por quem amamos! Bem-aventurado é Pedro, bendito é Paulo, que amaram tanto o Senhor a ponto de darem a vida por ele! Nisto são um exemplo, um modelo, uma norma de vida para todos nós. Aprendamos com eles!

Um terceiro aspecto que hoje podemos considerar é a ação fecunda da graça de Cristo na vida dos seus servos. O exemplo de Pedro, o exemplo de Paulo servem muito bem para nós. Bento XVI, ao ser eleito, afirmou humildemente que se consolava com o fato de Deus saber trabalhar com instrumentos insuficientes: Quem era Simão, chamado Pedro? Um pescador sincero, mas rude, impulsivo e de temperamento movediço. No entanto, foi fiel à graça, e tornou-se Pedra sólida da Igreja, tão apegado ao seu Senhor, a ponto de exclamar, cheio de tímida humildade: “Senhor tu sabes tudo; tu sabes que te amo” (Jo 21,17). Quem era Saulo de Tarso, chamado Paulo? Um douto, mas teimoso e radical fariseu, inimigo de Cristo. Tendo sido fiel à graça, tornou-se o grande Apóstolo de Jesus Cristo, tão apaixonado pelo seu Senhor, a ponto de nos desafiar: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo!” (1Cor 11,1). Eis, caros meus, abramo-nos também nós à graça que o Senhor nos concede para a edificação da sua obra, para a construção do seu Reino, e digamos como São Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça em mim não foi em vão” (1Cor 15,10).

Ainda um derradeiro aspecto, amados no Senhor. Nesta hodierna Solenidade somos chamados a refletir sobre o ministério de Pedro na Igreja. Simão por natureza foi feito Pedro pela graça. Pedro quer dizer pedra. Eis, portanto, Simão Pedra. “Tu és Pedro e sobre esta Pedra eu edificarei a minha Igreja. Eu te darei as chaves do Reino” (Mt 16,16ss). Caríssimos, o ministério petrino é mais que a pessoa de Pedro. Seu serviço será sempre o de confirmar os irmãos na fé em Cristo, Filho do Deus vivo, mantendo a Igreja unida na verdadeira fé apostólica e na unidade católica. É este o ministério que até o fim dos tempos, por vontade do Senhor, estará presente na Igreja na pessoa do Sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente de Papa, pai. O Papa é o Pastor supremo da Igreja de Cristo porque somente a ele o Senhor entregou de modo supremo o seu rebanho. Aquilo que entregou aos Doze e a seus sucessores, os Bispos, entregou de modo especial a Pedro e a seus sucessores, o Papa: “Tu me amas mais que estes? Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15). Estejamos atentos, caríssimos: nossa obediência, nossa adesão, nosso respeito, nossa veneração pelo Santo Padre não é porque o achamos simpático, sábio, ou de pensamento igual ao nosso, mas porque ele é aquele a quem o Senhor confiou a missão de confirmar os irmãos. Nossa certeza de que ele nos guia em nome de Cristo vem da promessa do próprio Senhor: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22,31-32). É porque temos certeza da eficácia da oração de Jesus por Pedro e seus sucessores, que aderimos com fé ao ensinamento do Santo Padre. Estejamos certos de uma coisa: quem não está em comunhão com o Papa está fora da plena comunhão visível com a Igreja de Cristo, que é a Igreja católica.

Assim, rezemos hoje pelo Papa Bento XVI. E acompanhemos nossa oração com um gesto concreto: a esmola, o óbolo de São Pedro, aquela contribuição que no dia de hoje os católicos do mundo inteiro devem dar para as obras de caridade do Papa por todo o mundo. Assim, com as mãos e com o coração rezemos pelo Santo Padre, o Papa Bento: Que o Senhor nosso Deus que o escolheu para o Episcopado na Igreja de Roma, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o Povo de Deus, de modo que o povo cristão a ele confiado possa sempre mais crescer na fé. Amém.



D. Henrique Soares da Costa

Fonte: Presbíteros.

sábado, 29 de junho de 2013


JMJ Rio 2013: Guaratiba receberá o "Show do Futuro"

A programação seguirá até meia-noite, com um intervalo para a vigília com o Papa Francisco.
RIO DE JANEIRO, 28 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Com um conceito novo de construção do futuro, a vigília do Campus Fidei, em Guaratiba, promete levar o público a experimentar grandes emoções. O Show do Futuro, com uma programação começando às 10h30do sábado, 27 de julho, levará ao palco grandes nomes da música católica, como os Padres Reginaldo Manzotti, Marcelo Rossi e Fábio de Mello.

Serão 13 shows no sábado com quase 50 atrações reunidas. A programação seguirá até meia-noite, com um intervalo para a vigília com o Papa Francisco. Para o domingo, dia 28 de julho, estão programados dois shows para antes da missa com o Santo Padre e dois logo após. Ao todo, serão quase 15 horas de atração, de acordo com o Diretor Artístico dos eventos de Guaratiba, Edson Erdmann. A direção artística da vigília é de Ulysses Cruz.

É um show muito mais para pensar, de acordo com Edson Erdmann. “Existem mil maneiras de contar uma história. A mais original é a que você nunca esquece. O que nós vamos fazer ali é contar uma história incrível, verdadeira, criada por quem conta histórias, que são os peregrinos. Vamos retratá-los no palco”.

No sábado, os shows começam às 10h30 com o Ministério Missionário Shalom. A partir de 12h30, a orquestra JMJ fará a abertura do "Show do Futuro Brasil". Adriana Arydes e a Banda Dominus estão entre os artistas que irão animar o público. Haverá em seguida um vídeo contando fatos importantes da história desde que o Papa Emérito Bento XVI anunciou que a Jornada seria no Rio de Janeiro, passando pelos acontecimentos na própria Jornada até aquele momento. “A partir daquela hora, a gente zerou tudo e é futuro. Vamos dizer como vai ser o seu futuro”, explicou.

O "Show do Futuro Brasil" vai abrir a programação com cerca de 10 artistas. O "Show Duets", com o tema paz e união, seguirá o roteiro. Na sequência, haverá o “Show Esperança” com grandes nomes da música cantando, como Anjos de Resgate e Celina Borges. A chegada do Santíssimo Sacramento está programada para 16h e, logo após, haverá o momento do Angelus, às 18h. As atrações musicais internacionais estarão no “Show do Futuro Mundo”, que será realizado após a participação do Papa Francisco no evento.

No domingo, os jovens que passarão a noite em vigília serão despertados às 7 h com o primeiro show, com músicas do Ministério Adoração e Vida. O Papa Francisco reencontra os jovens no Campus Fidei, às 9h30, e será recepcionado com um grande flash mob. Às 10h da manhã, o Pontífice dá início à Santa Missa de Envio da JMJ Rio2013 e anuncia o próximo local que acolherá a Jornada Mundial da Juventude. Ao meio-dia, também fará a oração do Angelus com os peregrinos.

Compromisso com o Futuro

Antes de cada um dos shows haverá intervenções com depoimentos de voluntários e peregrinos que mostrarão suas opiniões e seus desejos sobre amor, esperança, união, futuro, fé e ser anjo. “O que eu fiz foi criar um conceito para o sábado que fosse mais forte do que qualquer cenário, do que qualquer balé, qualquer musical”, destacou Erdmann.

As gravações dos jovens serão apresentadas em totens de LED distribuídos pelo palco. “Quem conduz o "Show do Futuro", quem é o protagonista são os jovens da JMJ, não são os nossos cantores”, disse Erdmann. A ideia, de acordo com Edson Erdmann, é trazer um conceito diferenciado e fazer com que os jovens pensem sobre as questões do futuro. “Os jovens dizem como vai ser o futuro, como vai ser o show e todos nós no palco estamos a serviço deles. É diferente o conceito”, completou.

Mostrando seus desejos e planos para o futuro, os jovens também estarão se comprometendo com as novas gerações, explicou o diretor artístico. “No momento em que escolheu, você se comprometeu. Isso vira um compromisso até a próxima Jornada”, disse. A ideia é que esses jovens também levem esse desejo de engajamento para seus países.

Durante o dia também haverá ensaios para o flash mob, que está programado para a Missa de Envio, no dia 28 de julho. A ideia é que a ação, comandada pela Banda Expresso HG e pela Orquestra JMJ, aconteça no momento da chegada do Papa Francisco ao Campus Fidei, no domingo. O jingle "Bem-Vindo Papa Francisco", composto por Kledir Ramil, Dudu Trentin e Edson Erdmann, irá embalar a coreografia.

Histórias de fé na Vigília

Na noite do dia 27, alguns jovens que passaram por situações difíceis da vida e encontraram a razão de viver na fé vão contar, no palco, suas histórias. As histórias serão intercaladas com a construção da igreja cenográfica e complementadas com elementos coreográficos. Além disso, o lema da Jornada, “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” vai aparecer de forma cênica, no discurso.

Segundo o diretor geral, Ulysses Cruz, "o ato artístico tem o objetivo de renovar forças e criar um sentimento de ação, um sentimento que de que nós podemos realizar, nós podemos mudar. O jovem precisa vivenciar essa experiência, estar dentro dela e não apenas ser um espectador. É importante que a vigília seja com os jovens e não apenas para os jovens”, disse.

Depois da saída do Papa, cerca de 200 jovens de várias partes do Brasil que estão em processo de recuperação da dependência química subirão no palco para cantar junto com a banda de origem italiana Gen Rosso, que possui integrantes de várias partes do mundo. O ato artístico contará também com as participações do ator Tony Ramos e do cantor Luan Santana.

Artistas participantes – 27 de julho

Banda Missionário Shalom, CCC – Catolic Culture Comunnity, Banda Dom, Adriana Arydes, Padre Reginaldo Manzotti, Allyson Castro, The Flanders, Banda Dominus, Luan Santana, Irmã Kelly Patrícia, Padre Marcelo Rossi, Iahweh, Ziza Fernandes, Martin Duarte, Diego Fernandes, Athenas, Tony Allyson, Flaviane Montenegro, Leandro Souza, Olivia Ferreira, Nazaré Araújo, Miguelli, Eugênio Jorge, Daniel Poli, Padre Fábio de Melo, Anjos de Resgate, Celina Borges, Dunga, Eliana Ribeiro, Rosa de Saron, Alessandra Salles, Gil Monteiro, Nando Mendes, Cantores de Deus, Ministério Amor e Adoração, Tony Melendez, Martin Valverde, Kiki Troia, Cardiac Movie, Jon Carlo, Paco Aranda, Alfareros, Palo Santo, Son by four, Judy Bailey, Rex Band, Gen Rosso e Comunidade Taizé.

Artistas participantes – 28 de julho

Ministério Adoração e Vida, Polyana Demori, Padre. Cleidimar Moreira, Padre Fábio de Melo; Padre Omar Raposo; Padre Marcelo Rossi; Padre Reginaldo Manzotti; Padre Jorjão; Padre Antônio Maria; Padre Joãozinho; Adriana Arydes, Olívia Ferreira, Márcio Pacheco, Eliana Ribeiro, Dunga, Ricardo Sá, Marcelo Duarte, Anjos de Resgate, Padre Marcelo Rossi, Padre. Reginaldo Manzotti, Leandro Souza, Eugênio Jorge, Ziza Fernandes, Padre Gleuson Gomes, Padre Juarez de Castro, Celina Borges, Eros Biondini, Suely Façanha, Ir. Kelly Patrícia, Cristiano Pinheiro, Davidson Silva, Missionário Shalom, Luiz Carvalho, Martin Valverde, Soledad, Axel, Larissa Viana. Banda Rosa de Saron e Banda Dominus.


Fonte: http://www.rio2013.com/pt// 
ZENIT

quarta-feira, 26 de junho de 2013

JMJ Rio 2013: Protagonistas

Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, recorda que daqui a um mês, estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro
Por Dom Orani Tempesta, O.Cist.

RIO DE JANEIRO, 24 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Daqui a exatamente um mês, estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Antes de nos encontrarmos no Santuário Mundial da Juventude, os jovens estarão vivendo a “semana missionária” por todas as cidades do Brasil. Eis um tempo de graça e de esperança!

Na oração oficial da JMJ, nós concluímos pedindo que, impulsionados por este momento único, os jovens se tornem “grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo”.

É justamente isso que tenho visto por onde tenho encontrado os jovens. É o que constatamos com a peregrinação dos símbolos da JMJ por todos os cantos do mundo e agora, nestes dois últimos anos, pelo nosso país.

Basta ver o “Comitê Organizador Local” – o COL – para perceber a maioria de jovens que decide e organiza o evento mundial com capacidade, criatividade, animação. Também sabem vencer as dificuldades e problemas que a cada momento ocorrem numa organização como essa. Nestes dias em que os jovens brasileiros expõem ao mundo seus anseios de uma vida mais justa, fraterna e com dignidade, focando de maneira especial na saúde, educação e transporte, vemos a importância desse momento para o país. Esse programa precisa ser acrescentado com o saneamento básico, dignidade de moradia, segurança, lazer, alimentação e tantos outros itens. Como teremos aqui, durante a JMJ, jovens de mais de 172 nações, a partilha de experiências poderá ajudar o mundo a ser diferente com o protagonismo deles.

Em todas as Dioceses por onde passaram os símbolos da JMJ, o testemunho foi sempre de entusiasmo e participação! É alegria por ver o despertar dos jovens.

O interesse de todos para participar da JMJ aparece a cada momento e para nós, organizadores, isso soa como um momento de comunhão, de unidade em meio a tanta diversidade.

Temos valores que norteiam nossas vidas e também nosso trabalho. Acreditamos que os valores cristãos que marcam a nossa civilização poderão ser a luz que ilumina todos os anseios de um mundo novo nascendo em nosso tempo.
Por isso, é providencial que tenhamos justamente neste tempo esse momento com os jovens do mundo e com o Papa Francisco. É a graça de Deus que nos precede e nos alimenta em nossa esperança e caminhada.

Os episódios lamentáveis que alguns grupos minoritários causaram nestes dias demonstram como necessitamos de uma espiritualidade para alimentar o coração e curar feridas e, assim, construir positivamente esse sonhado tempo novo.

Nós cremos num mundo novo com Cristo Ressuscitado! A boa notícia que nos enche a vida a cada momento deve ser extravasada para contagiar, com uma alegria incontida, todos os que de nós se aproximam nesses dias de partilha de vida em nossa JMJ.

Os jovens que vêm como peregrinos, fazendo sacrifícios para estarem aqui conosco, irão encontrar uma família de irmãos e irmãs que os acolhem. Irão encontrar uma cidade que, à semelhança do Cristo Redentor, os acolhe de braços abertos. Irão encontrar seus irmãos jovens que anseiam, como eles, por dias melhores para a sociedade. O jovem é protagonista de tudo isso. Eles estiveram no início de tudo e estarão nas consequências como protagonistas desse mundo novo.

Teremos muitos legados importantes da JMJ: rede para atender os dependentes químicos, educação ecológica, sustentabilidade, acessibilidade, trabalho em conjunto com entidades internacionais e nacionais sobre Paz, justiça, futuro. Viveremos isso no diálogo com as religiões e entre os cristãos. Teremos também a oportunidade da admiração do belo e da arte para os que em nada creem. Mas a grande herança que queremos deixar para todos é a esperança de um “novo amanhecer” para o mundo. É ver os sonhos que todos trazem em seus corações terem caminhos de solução. Em tempos de tantas situações e diversidades o poder dizer, providencialmente, que “o mundo tem jeito” e que a esperança deve estar presente no olhar de cada jovem será um legado que eles levarão para sempre em seus corações.

E diante de tudo isto, depois de tantas controvérsias, trabalhos, incompreensões, lutas, preocupações poderemos olhar para traz com alegria do dever cumprido e, voltados para o futuro, dizer: “valeu a pena”! Deus seja louvado por esse dom que nos concedeu!

† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: ZENIT

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O que significa perder a vida por causa de Jesus?

Antes de recitar o Ângelus Papa Francisco recorda o exemplo do martírio de São João Batista
ROMA, 23 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco dirigidas aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para recitar o Angelus

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No Evangelho deste domingo ressoa uma das palavras mais incisivas de Jesus: “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salva-la-á” (Lc 9, 24).

Aqui há uma síntese da mensagem de Cristo, e é expressa com um paradoxo muito eficaz, que nos faz conhecer o seu modo de falar, quase nos faz ouvir a sua voz…

Mas o que significa “perder a vida por causa de Jesus”? Isso pode acontecer de dois modos: explicitamente confessando a fé ou implicitamente defendendo a verdade. Os mártires são exemplos máximos do perder a vida por Cristo. Em dois mil anos há uma série imensa de homens e mulheres que sacrificaram a vida para permanecerem fiéis a Jesus Cristo e ao seu Evangelho. E hoje, em tantas partes do mundo, há tantos, tantos, – mais que nos primeiros séculos – tantos mártires que dão a própria vida por Cristo, que são levados à morte para não renegar Jesus Cristo. Esta é a nossa Igreja. Hoje temos mais mártires que nos primeiros séculos! Mas há também o martírio cotidiano, que não comporta a morte, mas também esse é um “perder a vida” por Cristo, cumprindo o próprio dever com amor, segundo a lógica de Jesus, a lógica da doação, do sacrifício. Pensemos: quantos pais e mães todos os dias colocam em prática a sua fé oferecendo concretamente a própria vida pelo bem da família! Pensemos nisto! Quantos sacerdotes, frades, irmãs desenvolvem com generosidade o seu serviço pelo reino de Deus! Quantos jovens renunciam aos próprios interesses para dedicar-se às crianças, aos deficientes, aos idosos… Também esses são mártires! Mártires cotidianos, mártires do dia-a-dia!

E depois há tantas pessoas, cristãos e não cristãos, que “perdem a própria vida” pela verdade. E Cristo disse “eu sou a verdade”, então quem serve à verdade serve a Jesus.

Uma dessas pessoas, que deu a vida pela verdade, é João Batista: propriamente amanhã, 24 de junho, é a sua grande festa, a solenidade do seu nascimento. João foi escolhido por Deus para preparar o caminho diante de Jesus, e o indicou ao povo de Israel como o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cfr Jo 1, 29). João consagrou-se todo a Deus e ao seu enviado, Jesus. Mas, no final, o que aconteceu? Foi morto por causa da verdade, quando denunciou o adultério do rei Herodes e de Herodíades. Quantas pessoas pagam por preço caro o compromisso pela verdade! Quantos homens justos preferem ir contracorrente, de modo a não renegar a voz da consciência, a voz da verdade! Pessoas justas, que não têm medo de ir contracorrente! E nós, não devemos ter medo! Entre vocês há tantos jovens. A vocês jovens digo: não tenham medo de ir contracorrente, quando nos querem roubar a esperança, quando nos propõem estes valores que estão danificados, valores como a comida estragada e quando uma comida está estragada, nos faz mal; estes valores nos fazem mal. Devemos ir contracorrente! E vocês, jovens, sejam os primeiros: vão contracorrente e tenham este orgulho de ir contracorrente. Avante, sejam corajosos e vão contracorrente! E sejam orgulhosos de fazê-lo!

Queridos amigos, acolhamos com alegria esta palavra de Jesus. É uma regra de vida oferecida a todos. E São João Batista nos ajuda a colocá-la em prática.

Neste caminho nos precede, como sempre, a nossa Mãe, Maria Santíssima: ela perdeu a sua vida por Jesus, até a Cruz, e a recebeu em plenitude, com toda a luz e a beleza da Ressurreição. Maria nos ajude a fazer sempre mais nossa a lógica do Evangelho.

(Depois do Angelus)

Lembrem-se bem: "Não tenham medo de caminhar contracorrente! Sejam corajosos! E assim, como não queremos comer uma comida estragada, não carreguemos conosco estes valores deteriorados e que prejudicam a vida e tiram a esperança. Adiante!"

Saúdo-vos com afeto: as famílias, os grupos paroquiais, as associações, as escolas. Saúdo os alunos do Liceo diocesano Vipava na Eslovénia, a comunidade polonesa de Ascoli Piceno, UNITALSI de Ischia di Castro, os jovens do Oratório de Urgnano - vejo a bandeira de vocês, muito bem, ! -, Os fiéis de Pordenone, as irmãs e os operadores do hospital "Miulli" de Acquaviva delle Fonti, um grupo de delegados sindicais do Veneto.

Desejo a todos um bom domingo!

Rezem por mim e bom almoço!

(Trad.:Canção Nova/Zenit)

Fonte: ZENIT

domingo, 23 de junho de 2013



– XII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Zc 12,10-11;13,1; Sl 62; Gl 3,26-29; Lc 9,18-24

            Caros irmãos e irmãs, celebramos hoje o décimo segundo domingo do tempo comum. O Senhor hoje nos faz uma pergunta que vai mexer muito com cada um de nós. Pergunta aos discípulos o que diz o povo da sua pessoa. As repostas são diferenciadas. Mas o Senhor continua a pergunta e vós o que dizem?

            Pedro se sai com uma grande resposta, tu es o Cristo de Deus. Com certeza foi o Espírito Santo que revelou estas coisas a Pedro. Cheio do Espírito de Deus Pedro revela a todos nós na manhã de hoje que é verdadeiramente Jesus para todos nós.
            Es o Cristo de Deus, o Senhor da minha vida, das nossas vidas. É em ti que encontro refúgio e sem Ti nada sou, nada posso.

            Caríssimos, precisamos neste domingo realmente nos perguntar, sendo interpelados pelo próprio Jesus. Quem é Ele para a nossa vida a vida da nossa família? É Ele quem dá sentido e esperança a minha existência ou acreditamos em outras esperanças que passam.

            São Paulo nos diz na carta aos Gálatas que somos herdeiros em Jesus Cristo da herança eterna. (Gl 3,29) Verdadeiramente somos, pelo mistério do Batismo incorporados a Cristo Nele morremos e ressuscitamos para uma vida nova. Neste sentido é o Senhor aquele que nos dá a vida e nos faz viver neste mundo como verdadeiras testemunhas vivas do seu amor e do seu poder de ressurreição.

            Que o senhor nos abençoe e nos ajude a responder a cada instante  das nossa vidas, quem é Ele para nós.
Bom domingo, boa semana!


Fiel no pouco! Pe. José Émerson.

sábado, 22 de junho de 2013

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL A RESPEITO DAS MANIFESTAÇÕES POPULARES.

“Declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens”, diz a nota.
                                                   
É um fenômeno que desperta o povo para uma “nova consciência” e que requer “atenção e discernimento para que se identifiquem seus valores e limites”.

A onda de protestos nasceu de “maneira livre e espontânea a partir das redes sociais”. A variedade de pontos a serem protestados só mostra que “a solução dos problemas por que passa o povo brasileiro só será possível com participação de todos”. Dando sentido assim ao grito: “O Gigante acordou!”.

A nota denuncia que na sociedade brasileira “as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida” e, nessa situação, a presença do povo “nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir”.

Os jovens desistem da vida diante da indiferença e o inconformismo, e por isso, as manifestações desses dias mostram que os “brasileiros não estão dormindo em ‘berço esplêndido’”.

O direito democrático de manifestar-se deve ser garantido – diz a nota -, embora “nada justifica a violência” já que “quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito”.

“Que o clamor do povo seja ouvido”.

Fonte: CNBB

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"A unidade é sempre maior que os conflitos"
Catequese do Papa Francisco na Audiência Geral da quarta-feira.
CIDADE DO VATICANO, 19 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Publicamos a seguir a catequese do Papa Franscisco durante a Audiência Geral da Quarta-feira, na Praça de São Pedro:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje concentro-me sobre outra expressão com a qual o Concílio Vaticano II indica a natureza da Igreja: aquela do corpo; o Concílio diz que a Igreja é o Corpo de Cristo (cfr Lumen gentium, 7).

Gostaria de partir de um texto dos Atos dos Apóstolos que conhecemos bem: a conversão de Saulo, que se chamará depois Paulo, um dos maiores evangelizadores (cfr At 9, 4-5). Saulo é um perseguidor dos cristãos, mas enquanto está percorrendo o caminho que leva à cidade de Damasco, de repente uma luz o envolve, cai no chão e ele ouve uma voz que o diz: “Saulo, por que me persegues?”. Ele pergunta: “Quem és, Senhor?”, e aquela voz responde: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (v. 3-5). Esta experiência de São Paulo nos diz quanto é profunda a união entre nós cristãos e o próprio Cristo. Quando Jesus subiu ao céu, não nos deixou órfãos, mas com o dom do Espírito Santo a união com Ele transformou-se ainda mais intensa. O Concílio Vaticano II afirma que Jesus “comunicando o seu Espírito, constitui misticamente como seu corpo os seus irmãos, chamados de todos os povos” (Const. Dogm. Lumen Gentium, 7).

A imagem do corpo ajuda-nos a entender esta profunda ligação Igreja-Cristo, que São Paulo desenvolveu de modo particular na Primeira Carta aos Coríntios (cfr cap. 12). Antes de tudo, o corpo nos chama para uma realidade viva. A Igreja não é uma associação assistencial, cultural ou política, mas é um corpo vivo, que caminha e age na história. E este corpo tem uma cabeça, que é Jesus, que o guia, nutre-o e sustenta-o. Este é um ponto que gostaria de destacar: se separa-se a cabeça do restante do corpo, toda a pessoa não pode sobreviver. Assim é na Igreja: devemos permanecer ligados de modo sempre mais intenso a Jesus. Mas não somente isso: como em um corpo é importante que passe a seiva vital para que viva, assim devemos permitir que Jesus opere em nós, que a sua Palavra nos guie, que a sua presença eucarística nos alimente, nos anime, que o seu amor dê força ao nosso amar o próximo. E isto sempre! Sempre, sempre! Queridos irmãos e irmãs, permaneçamos unidos a Cristo, confiemos Nele, orientemos a nossa vida segundo o seu Evangelho, alimentando-nos com a oração cotidiana, a escuta da Palavra de Deus, a participação nos Sacramentos.

E aqui aparece um segundo aspecto da Igreja como Corpo de Cristo. São Paulo afirma que como os membros do corpo humano, embora diferentes e numerosos, formam um só corpo, assim todos fomos batizados mediante um só Espírito em um só corpo (cfr 1 Cor 12, 12-13). Na Igreja, portanto, há uma variedade, uma diversidade de tarefas e de funções; não há a plena uniformidade, mas a riqueza dos dons que distribui o Espírito Santo. Porém, há a comunhão e a unidade: todos estão em relação uns com os outros e todos combinam para formar um único corpo vital, profundamente ligado a Cristo. Recordemos bem: ser parte da Igreja quer dizer estar unido a Cristo e receber Dele a vida divina que nos faz viver como cristãos, quer dizer permanecer unido ao Papa e aos Bispos, que são instrumentos de unidade e de comunhão, e quer dizer também aprender a superar personalismos e divisões, a compreender-se mais, a harmonizar as variedades e as riquezas de cada um; em uma palavra, a querer sempre bem a Deus e às pessoas que estão ao nosso lado, na família, na paróquia, nas associações. Corpo e membros para viver devem estar unidos! A unidade é superior aos conflitos, sempre! Os conflitos se não se dissolvem bem, separam-nos entre nós, separam-nos de Deus. O conflito pode ajudar-nos a crescer, mas também pode dividir-nos. Não caminhemos na estrada das divisões, das lutas entre nós! Todos unidos, todos unidos com as nossas diferenças, mas unidos, sempre: este é o caminho de Jesus. A unidade é superior aos conflitos. A unidade é uma graça que devemos pedir ao Senhor para que nos liberte das tentações das divisões, das lutas entre nós, dos egoísmos, das fofocas. Quanto mal fazem as fofocas, quanto mal! Nunca fofocar sobre os outros, nunca! Quantos danos causam à Igreja as divisões entre os cristãos, o partidarismo, os interesses mesquinhos!

As divisões entre nós, mas também as divisões entre as comunidades: cristãos evangélicos, cristãos ortodoxos, cristãos católicos, mas por que divisão? Devemos procurar levar a unidade. Vou contar para vocês uma coisa: hoje, antes de sair de casa, estive quarenta minutos, mais ou menos, meia hora, com um Pastor evangélico e rezamos juntos, e buscamos a unidade. Mas devemos rezar entre nós católicos e também com os outros cristãos, rezar para que o Senhor nos doe a unidade, unidade entre nós. Mas como teremos a unidade entre os cristãos se não somos capazes de tê-la entre nós católicos? De tê-la na família? Quantas famílias lutam e se dividem! Busquem a unidade, a unidade que faz a Igreja. A unidade vem de Jesus Cristo. Ele nos envia o Espírito Santo para fazer a unidade.

Queridos irmãos e irmãs, peçamos a Deus: ajude-nos a sermos membros do Corpo da Igreja sempre profundamente unidos a Cristo; ajude-nos a não fazer sofrer o Corpo da Igreja com os nossos conflitos, as nossas divisões, os nossos egoísmos; ajude-nos a sermos membros vivos ligados uns aos outros por uma única força, aquela do amor, que o Espírito Santo derrama nos nossos corações (cfr. Rm 5, 5).


Tradução: Jéssica Marçal/ Canção Nova
Fonte: ZENIT

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Jovens lotam o Salão Paroquial


No último domingo dia 16 jovens lotaram o Salão Paroquial Pe. Denhon em uma tarde de louvor e adoração. Acreditamos na juventude de Cristo!





terça-feira, 18 de junho de 2013

Vamos em busca das 99 ovelhas perdidas

Na abertura do Congresso da Diocese de Roma, o Papa Francisco convida a não ceder à "deusa lamentação"
Por Sergio Mora

ROMA, 17 de Junho de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francesco abriu hoje o Congresso da Diocese de Roma sobre o tema Eu não tenho vergonha do evangelho. O evento inaugurado na Sala Paulo VI, no Vaticano, continuará terça-feira na Catedral de São João de Latrão e terminará quarta-feira nas diversas paróquias da diocese.

A Sala Paulo VI, que normalmente hospeda a Audiência de quarta-feira, de repente, revelou-se demasiado pequena para a quantidade de ouvintes. Participaram do encontro pelo menos quinze mil pessoas.

Francisco recordou que "alguns cristãos parecem devotos da deusa lamentação" e sublinhou que "o mundo é mundo, o mesmo de cinco séculos" e que é necessário "dar um testemunho forte e ir em frente", mas também "suportar as coisas que não podem mudar". O Santo Padre convidou "com coragem e paciência a sairmos de nós mesmos e ir ao encontro da comunidade para convidar as pessoas”.

E acrescentou: "Seja em todos os lugares portadores da palavra de vida, em seus bairros, onde as pessoas estiverem", e recordou a figura do Bom Pastor, que deixa as noventa e nove ovelhas para procurar a perdida.

"Queridos irmãos, temos uma e noventa e nove estão desaparecidas, vamos buscá-las", peçamos  "a graça de sair para anunciar o Evangelho", porque "é mais fácil ficar em casa com uma ovelha, escová-la, acariciá-la".  Então, exclamou: "Mas o Senhor nos quer, nós sacerdotes, e também vocês, cristãos, pastores, e não ‘escovadores’ de ovelhas ...".

O Papa concluiu dizendo que "Deus nos dá esta graça gratuitamente, e nós gratuitamente devemos dar".

Seguiu-se um momento de reflexão, que começou com algumas músicas interpretadas pelo coral e orquestra da diocese de Roma. Amanhã falará o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini e o Bispo de Novara, Franco Brambilla.

Em sua apresentação, o cardeal Vallini explicou que "optou-se por abrir os três dias de reflexão na Sala Paulo VI  para permitir uma maior participação dos agentes pastorais e dos fiéis".

Vallini acrescentou que “teremos a alegria de ouvir, pela primeira vez, a reflexão do Papa Francisco que, após a sua tomada de posse da Basílica de São João em Latrão, no último dia 7 de abril, se encontrará novamente como Bispo de Roma com a comunidade eclesial local”.

Fonte: ZENIT


domingo, 16 de junho de 2013



– XI Domingo do Tempo Comum – Ano C
2Sm 12,7-10.13; Sl 31;Gl 2,16.19-21; Lc 7,36 – 8,3

            Caros Irmãos e Irmãs, neste domingo o Senhor mostra todo o seu olhar de perdão e misericórdia sobre todos nós.

            Na primeira leitura o profeta Natã conclama o rei Davi a tomar consciência do seu pecado e se retratar diante do Senhor, pois, este já provou por meio de vários prodígios e portentos o quando lhe foi favorável em sua vida e agora por causa do pecado da traição este tem se afastado do Senhor. O rei se reconhece pecador e implora a misericórdia do Senhor Deus.

            O mesmo acontece no Evangelho da Santa liturgia deste domingo, Jesus vai fazer refeição na casa de Simão e é saudado por uma mulher que é pecadora pública. Na sua atitude silenciosa este mulher ao se aproximar do Senhor lava os seus pés com as suas próprias lágrimas e os enxuga com os seus cabelos. Mulher de coragem e determinação! Certamente já tinha ouvido falar do mestre e encontrou uma chance de dizer o quanto o ama e precisa do seu perdão.

            Ora, o Senhor contando uma história traz a mulher e o seu silêncio para meio da conversa e nos faz perceber quão largo e maravilhoso é o amor de Deus por todos nós. Diz-nos que o Pai é maravilhoso e nos olha com amor eterno e não nos ver pelos nossos míseros atos de pecado mas com amor eterno. Ou seja, ama o pecador e esquece o pecado.

            Que neste Santo dia do Senhor aprendamos a nos colocarmos diante do alhar misericordioso do Senhor e alcançar Dele a sua Divina Misericórdia sobre toda a nossa vida. Senhor cuida de todos nós!

Bom Domingo, boa semana!
Fiel no pouco,

Pe. José Émerson.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ACODINE – ASSOCIAÇÃO DOS COLÉGIOS DIOCESANOS DO NORDESTE


Aconteceu nos últimos dias o encontro da ACODINE que tem como presidente o Prof. Albérico (Diretor do Colégio Diocesano de Garanhuns). Tive a oportunidade de participar do encontro abordando um dos temas com os Prof. do Ensino Religioso. Agradeço o convite e parabenizo a todos que participaram deste tão belo e importante encontro. 

Pe. José Émerson.


A Festa de Santo Antônio

A Festa de Santo Antônio a cada ano vem crescendo graças ao empenho dos padres que passam por aquela Paroquia. Neste ano de 2013 a festa teve uma repercussão bem maior. Está de parabéns o Pe. Fábio pelo seu zelo e empenho!

Pe. José Émerson








quinta-feira, 13 de junho de 2013

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA – Padroeiro de Garanhuns

PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA


Nasceu em Lisboa(Portugal), no final do século XI. Foi recebido entre os Cônegos Regulares de Santo Agostinho, mas pouco depois de sua ordenação sacerdotal transferiu-se para a Ordem dos Frades Menores com a intenção de dedicar-se à propagação da fé entre os povos da África. Foi entretanto na França e na Itália que ele exerceu com excelentes frutos o ministério da pregação, convertendo muitos hereges. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Morreu em Pádua no ano de 1231.


Dos Sermões de Santo Antônio de Pádua, presbítero
(I.226). (Séc.XII)

A palavra é viva quando são as obras que falam

Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando os outros as vêem em nós mesmos. A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas. Diz São Gregório: “Há uma lei para o pregador: que faça o que prega”. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras.

Os apóstolos, entretanto, falavam conforme o Espírito Santo os inspirava (cf. At 2,4). Feliz de quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme suas idéias! Pois há alguns que falam movidos pelo próprio espírito e, usando as palavras dos outros, apresentam-nas como suas, atribuindo-as a si mesmos. Destes e de outros semelhantes, diz o Senhor por meio do profeta Jeremias: Terão de se haver comigo os profetas que roubam um do outro as minhas palavras. Terão de se haver comigo os profetas, diz o Senhor, que usam suas línguas para proferir oráculos. Eis que terão de haver-se comigo os profetas que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, que os contam, e seduzem o meu povo com suas mentiras e seus enganos. Mas eu não os enviei, não lhes dei ordens, e não são de nenhuma utilidade para este povo – oráculo do Senhor (Jr 23,30-32).

Falemos, portanto, conforme a linguagem que o Espírito Santo nos conceder; e peçamos-lhe humilde e devotamente que derrame sobre nós a sua graça, a fim de podermos celebrar o dia de Pentecostes com a perfeição dos cinco sentidos e na observância do decálogo. Que sejamos repletos de um profundo espírito de contrição e nos inflamemos com essas línguas de fogo que são os louvores divinos. Desse modo, ardentes e iluminados pelos esplendores da santidade, mereceremos ver o Deus Uno e Trino.

Fonte: Liturgia das Horas.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O grande desafio de construir...

Em visita a cidade de Teresinha – PE, comprovei um verdadeiro milagre da fé de um povo que ama o seu Senhor. Incentivados pelo dinâmico padre Valdevan o povo daquele município tem dado um exemplo a toda região na construção da sua nova Igreja Matriz. Parabéns ao Pe. Valdevan e a todo o povo de Teresinha. Vão em frente e tenho certeza de fé que em breve esta Matriz estará toda pronta...


Pe. José Émerson







terça-feira, 11 de junho de 2013

As bem-aventuranças são os novos mandamentos

Papa Francisco: a verdadeira liberdade é a "liberdade do Espírito Santo", que exige "a abertura do coração"
Por Luca Marcolivio

CIDADE DO VATICANO, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Mais uma vez, o papa Francisco se concentra no verdadeiro significado da liberdade para os cristãos. Na missa matinal celebrada na Casa Santa Marta, o papa começou a homilia com as palavras de São Paulo, que, na primeira leitura de hoje (2 Cor 1,1-7), fala de "consolação" para os cristãos do seu tempo, chamados a evangelizar em meio a um clima de perseguição.

A consolação, disse o Santo Padre, é "a presença de Deus em nosso coração", onde nosso Senhor só pode entrar se lhe abrirmos a porta, ou seja, mediante a nossa "conversão". Encontrar Jesus e segui-lo implica uma "mudança de vida", que torna "necessária uma força especial de Deus".

Viver "na consolação do Espírito Santo" é uma das condições necessárias para a "salvação", acrescentou o papa, recordando que aqueles que vivem "na consolação do espírito do mundo" se enquadram claramente no "pecado".

Entre o pecado e a salvação é impossível "negociar", frisou. Não por acaso, o evangelho nos recorda que "não se pode servir a dois senhores". A abertura ao "Espírito do Senhor" nos leva às bem-aventuranças, o tema do evangelho de hoje (cf. Mt 5,1-12a).

As bem-aventuranças, disse Francisco, "não podem ser entendida apenas com a inteligência humana": para compreendê-las, é necessário ter "um coração aberto" à "consolação do Espírito Santo". Sem essa predisposição da alma, as bem-aventuranças podem parecer "bobas"; no entanto, elas são "novos mandamentos".

O instinto humano é mais facilmente levado a pensar que ser "pobre", "humilde" e "misericordioso" não é um caminho para o "sucesso". As bem-aventuranças, porém, são "a lei para aqueles que foram salvos e abriram seu coração para a salvação"; em última instância, elas são a "lei da liberdade", graças ao Espírito Santo.

Pode-se ainda regular a vida "com base em uma lista de mandamentos ou procedimentos" de caráter "meramente humano", mas esta, sem dúvida, não é a estrada para a salvação, que se consegue apenas quando se tem um "coração aberto". A atitude oposta, de fechamento do coração, era a postura daqueles que queriam "examinar" a "nova doutrina" de Jesus para, depois, "discutir" com Ele.

Muitas pessoas, observou o papa, têm um "coração fechado para a salvação" pelo simples fato de terem "medo da salvação" em si, embora todos nós precisemos dela. Para nos salvar, devemos "dar tudo" ao Senhor, mesmo que o nosso instinto seja o de "comandar".

É essencial, portanto, "pedir ao Senhor a graça de segui-lo", mas com a liberdade do Espírito Santo: com a simples "liberdade humana", corremos o risco de nos tornar "como aqueles fariseus e saduceus hipócritas, que discutiam com Ele". E a hipocrisia consiste justamente em "não permitir que o Espírito mude os corações com a sua salvação".

A liberdade puramente humana, desta forma, é um engano: "é apenas uma forma de escravidão", disse o papa, ao passo que o Senhor nos dá, supremo e sublime paradoxo, "uma forma de servidão que nos torna livres".

O Santo Padre concluiu com a seguinte oração: "Peçamos a graça de abrir os nossos corações para a consolação do Espírito Santo, para que esta consolação, que é a salvação, nos faça entender esses mandamentos".

A missa foi concelebrada pelo papa com o cardeal Stanislaw Rylko e com dom Joseph Clemens, respectivamente presidente e secretário do Conselho Pontifício para os Leigos, e com dom George Valiamattam, arcebispo de Tellicherry, na Índia. Participou da missa de um grupo de sacerdotes e de funcionários do mesmo Pontifício Conselho para os Leigos.

Fonte: ZENIT